
Mauricio comenta que o celular atrai os jovens porque eles fazem parte de uma geração que já cresceu em contato com essa tecnologia. Além disso, o celular tem tudo a ver com o espírito imediatista da sociedade contemporânea. E o aparelho móvel integra ferramentas de comunicação instantânea, que eles adoram – chamada de voz, SMS, bate-papo -, bem como pesquisa, jogo, música.
Para Mauricio, usar o celular de maneira didática depende dos “combinados” entre professor e aluno. O educador deve propor as regras antes. Assim ele cumpre a função de facilitador, e ao mesmo tempo dá ao aluno responsabilidade e autonomia para realizar a proposta pedagógica. No livro “A Riqueza das Redes”, o pesquisador Yochai Benkler comenta justamente sobre autonomia. O autor afirma que o indivíduo autônomo tem capacidade de fazer mais, tanto em benefício próprio quanto coletivamente.
Mauricio também destacou a transversalidade do celular, que pode ser explorado por várias disciplinas. O educador sugere temas, o aluno pesquisa na internet via celular e já mostra na sala de aula o que aprendeu. Outra opção é usar o SMS nas aulas de português para reforçar o ensino da Gramática e Literatura.
As diversas formas de incorporar o celular na pedagogia ainda estão sendo elaboradas. Mauricio sugere que o celular seja aplicado inicialmente na sala de aula. Com o amadurecimento das metodologias, será possível extrapolar os limites da escola, com atividades extracurriculares. O educador conclui que o celular na escola pode proporcionar interação e ampliar o potencial de inteligência coletiva. Mas ainda é preciso uma renovação no modelo de ensino para aceitar esse desafio.
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